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domingo, 3 de junho de 2012

Sob as estrelas

                 
         Vem, que eu quero arrancar a febre do teu desejo e te dar com uma das mãos um rio e com a outra um beijo. Vem,que eu quero te oferecer o caminho dos vilarejos de vento e te levar para os navios do amanhã e transformar a tua dor em algodão doce. Pois aqui, onde estou sob a noite desabada, só prossigo, porque vou no lombo dos poemas que passam por estradas que vão dar no caminho do sol. Fica comigo numa noite de estrelas e águas, onde eu recolha as folhas secas dos poemas e com elas faça um leito para ti. Uma migração de estrelas azuis pousará em teu rosto. Uma multidão de pequenos seres vindos dos confins da terra fará vigília em torno de nós e assistirá nascer uma nova serenidade em teu rosto.


                                   Francisco Orban