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terça-feira, 22 de maio de 2012

Noite inacabada



Vendo na feira
Dezembros e quartas feiras
Trazidos do território
Da grande noite
inacabada

                             Francisco Orban

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Lua


 

Uma lua de prata pousava em seu rosto
Não era agosto, não era nada. Só a lua de prata
que o seguia. Então quis deixá-la, arrancá-la
do norte da alma, mas ela com sua ausência
o buscava. Viu então que tinham remos,
e um rumo ao outro remavam. Viu então que tinham
os rostos, da natureza das águas. Tentou então esquecê-la,
mas ela então retornava, tentou então esquecer-se,
mas sempre  voltava para si. Tentou por fim
dar-lhe o mar. O mar e seu país azul,
os búzios de uma ordem naufragada.
Mas nada foi possível. Então fugiu para dentro
da noite, com os seres debandados de um sonho.
E foi pior, na noite, a lua reinava

                      Francisco Orban