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quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Poema para o pai



                                        Poema para o pai
Pai, o que faltou de ti para abarcar
sobrou de mar e pescarias ao luar
O que faltou de ti para compreender
sobrou em mim para te reescrever 
O que em ti faltou para me perder
sobrou em mim para te achar
Agora te levo como um menino
pelas dunas do entardecer
e me perguntas se sou teu pai
e me indago se és meu filho
                                  Francisco Orban

              
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