Uma lua de prata pousava em seu rosto Não era agosto, não
era nada. Só a lua de prata que o seguia. Então quis deixá-la, arrancá-la do
norte da alma, mas ela com sua ausência o buscava. Viu então que tinham remos e um rumo ao outro remava.
Viu então que tinham os rostos da natureza das águas. Tentou esquecê-la, mas
ela retornava; tentou então esquecer-se, mas sempre voltava para si. Tentou por
fim dar-lhe o mar. O mar e seu país azul, os búzios de uma ordem naufragada.
Mas nada foi possível. Então fugiu para dentro da noite, com os seres
debandados de um sonho. E foi pior; na noite a lua reinava.