Fada urbana da madrugada chegue à janela me afague com sua boca me chame E eu lhe mostro as mãos feridas pelas estrelas da noite e você me mostra o que ficou das lendas e das algazarras Do livro "Sobrado das horas" de Francisco Orban
Esquece as palavras que invento meu amor Amanhã, outras mãos abrirão tua blusa tua carne Nada teremos a favor de nós Eu que te elegi no dorso de um poema que a noite me assegurou com seus navios Esmurro agora o nada que me reserva o tempo a indiferença da tua boca Porque é o tempo com seu crepúsculo o que nos aparta para longe do aroma do teu rosto