Por ter a imensidão como jornada
mas não as mãos para abarcá-la
abstive-me de ser seu remador
no barco adernado dos acasos
Por ter a imensidão como empreitada
mas não os arreios para lhe dar
prumo
abstive-me de ser seu navegador
Agora sigo mudo
com uma velha mochila abarrotada
de claridades do mundo
Do livro "No País dos estaleiros" de Francisco Orban