Uma lua de prata pousava em seu rosto
Não era agosto, não era nada. Só a lua de prata
que o seguia. Então quis deixá-la, arrancá-la
do norte da alma, mas ela com sua ausência
o buscava. Viu então que tinham remos,
e um rumo ao outro remavam. Viu então que tinham
os rostos, da natureza das águas. Tentou então esquecê-la,
mas ela então retornava, tentou então esquecer-se,
mas sempre voltava para si. Tentou por fim
dar-lhe o mar. O mar e seu país azul,
os búzios de uma ordem naufragada.
Mas nada foi possível. Então fugiu para dentro
da noite, com os seres debandados de um sonho.
E foi pior, na noite, a lua reinava
Francisco Orban